segunda-feira, 11 de novembro de 2013

NO PLANETA DO FAZ DE CONTA...

Hoje só transcrevo um texto que me chamou atenção pela clara visão sobre nossa realidade humana.

"No Planeta do faz de conta: Rubia A. Dantés: Era uma vez o planeta do faz de conta. Nesse planeta por um motivo ou por outro, todo mundo aprendeu a fazer de conta. Tanto aprendeu que acabou acreditando que o fazer de conta era a realidade. Alguns faziam de conta que eram felizes. Outros faziam de conta que eram eternas vítimas, outros ainda faziam de conta que sabiam da verdade, enfim, existia faz de conta para tudo nesse planeta e todos iam fazendo de conta que estavam vivendo. 

Em dia de muita luz e de muita sombra chegaram nesse planeta vindos de outros espaços alguns seres que não faziam de conta e nem sabiam o que era fazer de conta. A principio tudo que eles viram eles acreditaram que era verdade que as pessoas todas estavam sendo absolutamente sinceras em tudo que faziam e nem de longe podiam imaginar que aquilo tudo era um imenso teatro de faz de conta.

Passado o primeiro momento aqueles seres perceberam que aqueles atos daquelas pessoas eram muitas vezes incoerentes com aquilo que elas pensavam e muitas vezes o que elas pensavam era incoerente com o quê elas sentiam. Esses seres tinham o poder de perceber a pessoa por inteiro porque eles eram inteiros. E foi com um certo espanto que eles perceberam que a maior parte daquelas pessoas sempre faziam de conta uma vez que quase nunca havia coerência entre o sentir, o pensar e o agir. 

Eles ficaram sem entender porque alguns faziam de conta que amavam quando era tão mais simples só amar alguns faziam de conta que eram felizes porque tinham um monte de coisas que faziam de conta que era o quê dava felicidade. Por fazer de conta que aquelas coisas davam felicidade, outros ainda faziam de conta que sofriam porque não tinham aquelas coisas. Percebendo como tudo funcionava naquele planeta, eles sentiram uma enorme compaixão por aqueles seres. 

Conseguiram verdadeiramente se colocar na posição daquelas pessoas e puderam sentir a imensa dor que era estar naquela situação. Ficaram pensando o quê poderia ter acontecido para fazer com que aquelas pessoas vivessem num eterno faz de conta. Como Eles sabiam que nada acontece por acaso e que também não fora por acaso que eles entraram ali pelos corredores do tempo, Eles decidiram fazer alguma coisa para ajudar os seres do planeta do faz de conta. 

Eles descobriram que o motivo de tanto fazer de conta tinha tido origem no medo no medo de ser inteiros e de mostrar quem realmente eram. Eles viram todo o passado daqueles seres e entenderam todas as histórias e puderam ver onde cada um perdeu o fio do Ser. Como eram muito Iluminados logo entenderam o quê poderiam fazer por aqueles seres. Eles então jogaram nos sonhos de cada habitante daquele planeta uma trilha de Luz permeada de Amor que faria com que cada um encontrasse o caminho de volta para Casa de forma bem simples e natural a partir de então. 

E quando eles despertassem ninguém mais precisaria fazer de conta porque teriam descoberto como é muito mais simples só Ser do que fazer de conta que é..."

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

INTELIGÊNCIA PURA - O GESTOR PÚBLICO

A cada dia me surpreendo mais com a capacidade de planejamento e visão empreendedora de certos prefeitos brasileiros. Recentemente, estando de folga, resolvi aproveitar para rever familiares e me desligar um pouco do caótico dia-a-dia de São Paulo e me dirigi ao interior, como 99% dos moradores da capital. A minha intenção era descançar e ouvir o canto do sábia e apreciar as estrelas de um céu sem poluição. 

Mas chegando em minha terra natal e presenciei um dos espetáculos mais comuns na Gestão Pública. Outra vez o "poste mijando no cachorro" e me decepcionei ainda mais com os tão afamados e aplaudidos "administradores municipais". Me ajudem a entender a lógica por trás desta situação: Um dos assessores do executivo, responsável pela "cultura" estava organizando uma feira de roupas e acessórios para a população local. 

Até ai, mesmo não entendendo muito bem porque tal ação não partiu do responsável pelo "comércio e indústria", me contentei em deduzir que a ação era apenas uma tentativa afoita de uma pessoa inexperiente, tentando demonstrar capacidade de realização e nada mais. Fui me inteirar mais a fundo da "famosa feira" e descobri que cheguei no final de uma grande novela, que havia desencadeado até mesmo disputas jurídicas para garantir a execução de tal evento e ai como sempre, o meu olho clínico para "administradores públicos incapazes" acionou o botão vermelho da incompetência, que na verdade não me surpreende em nada, pois apesar reafirma minha posição desde o ínicio. 

Fiquei sabendo que os comerciantes locais estavam totalmente contra a realização de tal "feira" pois entendiam que era prejudicial ao comércio local e tentaram, em vão, impedir a instalação da mesma. Aqui cabe meu apoio a estes comerciantes, que entendem uma regra básica de geração de emprego e renda, que claramente, nossos "administradores públicos" desconhecem por completo. Vamos pensar: você possui uma lojinha de roupas em uma cidade com menos de 30 mil habitantes, onde a renda per capita é extremamente baixa e concentrada em um pequeno grupo de moradores, o que te obriga a praticar um preço um pouco acima dos grandes centros devido ao baixo giro de estoque. 

Pois bem, partindo deste princípio, se como comerciante, tenho dificuldades em vender e cumprir com minhas obrigações com aluguel, funcionários, impostos, propaganda, segurança e muito mais devido ao baixo fluxo de vendas, imaginem então se uma vez por mês a prefeitura local incentiva a vinda de comerciantes ambulantes de outras localidades para a "tal fantástica feira"? Se já vendo pouco, com uma concorrência desleal como essa, vou quebrar! 

Dito isso, preciso do apoio de todos meus leitores agora. Me ajudem a entender a lógica disso! Como incentivar que o dinheiro que deveria ser gasto no comércio local fique nas mãos de vendedores de outras cidades? Isso contribuiu com exatamente o que para o desenvolvimento da cidade? É algo planejado ou foi uma ação isolada de um grupo incompetente e que desconhece regras básicas de fomento a atividade comercial local? 

Onde está a vantagem para a população que me elegeu? antes tais atitudes infantis me causavam espanto, mas agora me causa uma sensação estranha de "pena", pois vejo mais claramente o quando uma população desinformada e um grupo mal intencionado pode causar a uma comunidade. Estamos matando o comércio local, desestimulando a geração de emprego, perdendo divisas, arrecadando menos ICMS e mais grave ainda, fomentando a paralização do comércio, pois nestas "famosas feiras" os preços praticados não incluem impostos ou qualquer outro custo, o que permite a prática de preços muito competitivos, mas "NADA" deste dinheiro fica no município, no máximo o comerciante ambulante fica uma noite em uma pensão e come um sanduíche no buteco.

Como sempre digo, é o poste mijando no cachorro, a banana comendo o macaco! Antes era uma situação digna de revolta agora é digna de pena. A população conseguiu deixar ainda pior uma situação que já era rídicula na gestão pública local. A cidade está entregue a pessoas sem nenhuma visão administrativa. Estão brincando de administrar uma cidade. Lamentável! Por isso, apesar de caótica, vou me embora novamente para a Terra da Garoa, lá pelo menos, o povo protesta nas ruas quando algo está fora do normal.

domingo, 27 de outubro de 2013

FALTA DINHEIRO OU HONESTIDADE NA SAÚDE PÚBLICA?

Há algum tempo estou me especializando a colecionar “pérolas” de políticos e gestores públicos que teimam em insistir no tema financeiro como o grande mal da saúde pública no Brasil. No dia 13 de agosto de 2013, o presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o desconhecido senador Waldemir Moka (PMDB) afirmou que a falta de recursos orçamentários desorganizou o sistema público de saúde e que por este motivo apresentou um projeto de iniciativa popular que obriga a União a destinar 10% de suas receitas “brutas” a saúde pública. 

O que mais me assusta é que tal projeto teve o apoio de entidades como o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e até da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), deixando muito claro que a discussão sobre a qualidade e a profissionalização da gestão pública de saúde está caminhando a passos largos para uma mera esfera teórica e política. Fico preocupado quando vejo senadores e entidades de renome se preocupando com o tamanho da fatia do bolo que irão administrar, mesmo sabendo que a questão não é financeira e sim de falta de seriedade e de qualificação dos “profissionais” que atuam na gestão pública. 

Uma voz que destoa desta multidão, que só deseja mais dinheiro, vem do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, que publicou recentemente em seu “site” um artigo escrito por Gilson Carvalho, que aponta entre outros fatores, a falta de honestidade e a falta de gestão como parte dos problemas que afetam o modelo de saúde pública no Brasil. Mesmo assim, acaba derrapando e insiste em querer comparar as formas de distribuição dos recursos na saúde praticadas no Brasil, defendendo que as prefeituras aplicam valores até muitas vezes superiores ao determinado pela Constituição Federal, que é de 15%, e cobra da União, principalmente, a falta de cumprimento da legislação. 

Porém, é aqui o erro de todos os analistas, pois a questão não é a falta de recursos da União e o aparente comprometimento dos municípios em cumprir a lei, repassando o obrigatório, mas sim, “como” esses recursos são empregados. A corrupção é uma premissa básica de todas as prefeituras brasileiras e a nomeação de “amigos” de confiança para administrar esses “escassos” recursos é que está matando a saúde no Brasil. Em março de 2013, foi criada uma “Comissão Temporária” a pedido do senador Humberto Costa (PT), com prazo de 90 dias, para discutir e propor soluções para o financiamento do sistema de saúde, mas os resultados foram dignos de uma bela comédia pastelão, pois apenas sugeriu o retorno da CPMF, a taxação das grandes fortunas (utopia no Brasil) e ainda mais assustadoras as idéias e o comentário do senador Paulo Davim (PV-RN) cogitando que se “as pessoas não se disponibilizarem a contribuir para terem serviços de saúde, como fazem com TV por assinatura ou estacionamentos” não haverá saúde pública de qualidade. 

Neste momento me vem uma pergunta básica: Será que lá no Vale do Jequitinhonha, onde já existem milhares de TV´s por assinatura e grandes Shoppings Centers com amplos estacionamentos, a população se importaria em pagar um plano de saúde particular? Onde esse senador vive? Na Suécia? Bem, por fim, me resta acreditar que ainda haverá pessoas sérias e com projetos de longo prazo para resolver esse mal que assola a população tupiniquim. Existem alternativas infinitas para a geração ou captação de recursos para a saúde, tais como o comprometimento da dívida ativa dos municípios, a criação de fundos municipais especiais (ECO-PAPERS) ou até mesmo a terceirização da gestão da saúde em parceria com Organizações Sociais, que ainda não apresentaram um modelo “honesto” de gestão, mas que já possui legislação federal que permite este instrumento. 

Falta ainda retirar da saúde pública, o grande e maior empecilho a sua melhoria, o político. Mas isso é praticamente impossível e nesta linha só posso dar um conselho: Vamos morar na Suécia ou na Inglaterra, pois lá existe seriedade e honestidade na gestão da saúde pública! 

Fontes: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/falta-de-recursos-desorganizou-sistema-de-saude-publica-do-p_190797/ , acessado em 16/10/2013 às 15:14h. 

http://www.saudemaisdez.org.br/index.php/11-opiniao/33-saude-publica , acessado em 16/10/2013 às 15:18h. 

http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/04/11/descentralizacao-e-falta-de-recursos-dificultam-gestao-da-saude-publica-dizem-debatedores , acessado em 16/10/2013 às 15:36h.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Saúde - Política Podre


Estamos assistindo de forma preocupante a total incapacidade de nossos gestores públicos em identificar o que o povo deseja, pois nunca foram cobrados por isso e ainda mais preocupante é saber que eles não conhecem a realidade da população. O povo saiu às ruas exigindo uma saúde pública de qualidade, mas não explicou ao político e ao gestor público como isso deve ser feito. Política no Brasil é sinônimo de desvio e recursos e negociatas. Eles não são competentes para gerir nada de forma correta e honesta. A especialidade dos atuais políticos é encontrar formas para bular as leis e descobrir meios para enriquecem com o dinheiro público e não serem descobertos.

Isso dá muito trabalho. Já imaginou ficar o dia todo tentando encontrar uma forma de desviar o dinheiro dos cofres públicos e não ser descoberto? Isso demanda muito tempo e muitas horas de reuniões e leituras de leis para identificar as lacunas com o objetivo de escapar de processos e cassações. Tendo esse tempo todo ocupado com estas questões, não sobra tempo e nem ideias para implementar processos e rotinas administrativas simples, que amenizariam a falta de qualidade na saúde brasileira e em todas as demais áreas como segurança, educação, cultura, etc.

Mas voltemos ao motivo principal deste texto - as medidas adotadas pelo Governo Federal para tentar melhorar a qualidade da saúde pública. Obrigar alunos de medicina a cumprirem pedágio de 2 anos em postos de saúde do SUS é expor a população a jovens despreparados e sem motivação para tal tarefa. Assistiremos um aumento nos casos de mortes por erros médicos, tratamentos mal prescritos, maus-tratos a população mais humilde e discussões acaloradas sobre médicos que não cumprem a carga horária ou atendem um número limitado de pacientes por dia, ou seja, exatamente como é hoje.

Há tempos ouvi um médico já experiente, secretário de saúde de um vilarejo, dizer em alto e bom som, em um discurso no plenário da Câmara de Vereadores, a seguinte frase: “no passado médico era tratado como Deus, e tinha na carreira política o destino certo e vitorioso, pois todos deviam favores por terem sido curados de alguma enfermidade, mas hoje, somos tratados como uma moita de mato, onde todos os cachorros querem mijar, como os tempos mudaram”. Essa frase ficou guardada em minha memória para a eternidade, não pela empáfia do “Doutor” que a proferiu, mas pela lembrança do semblante de dor que ele demonstrava, mostrando para os mais atentos que ele realmente estava se sentindo ameaçado e vislumbrava a perda da mamata dos últimos 20 anos, onde recebeu salários e repasses imensos e não aplicou absolutamente nada na saúde do município.


Mas o que a grande massa não consegue enxergar é que a classe médica, não em sua totalidade, mas principalmente os médicos que se envolvem na política, não estão preocupados em oferecer uma saúde de qualidade para a população, pois se o fizerem, acabam as desculpas por falta de dinheiro, e os repasses se estabilizam, diminuindo a mina de ouro que é a área de saúde. A coisa é simples, mas ninguém nota, pois a mídia e a classe política estão em harmonia com o discurso. Jogar a culpa da má qualidade da saúde pública na falta de dinheiro é o meio mais fácil de esconder a falta de capacidade administrativa dos médicos que se atrevem a cuidar da saúde no Brasil. Os estudantes de medicina não aprendem gestão de dinheiro público nas salas de aula. Mal aprendem a medicina.

Este é o grande problema da gestão pública no Brasil. Por interesse político e favores aos “amigos” que apoiaram as campanhas, prefeitos e governadores nomeiam médicos para cuidarem da administração de hospitais e postos de saúde e ai está o grande erro. Médico deveria se ater a cuidar exclusivamente dos seus pacientes e de nossos cidadãos. A administração financeira e o planejamento estratégico da saúde deveria estar a cargo de Administradores Públicos competentes, formados com esse objetivo. Cada macaco no seu galho. Deixar um médico ser o secretário de saúde é o mesmo que deixar um advogado fazer uma cirurgia médica. É desastre na certa! Não quero aqui criar uma guerra entre profissões, mas sejamos mais práticos e competentes em nossas ações. Sejamos mais responsáveis e menos corruptos com questões sérias. Saúde, Educação, Segurança e Planejamento Estratégico não é campo de atuação de políticos. É coisa séria e deve ser tratada como tal.

Evitem também acreditar piamente nas declarações da classe médica sobre este pedágio de 2 anos que todos os médicos recém-formados serão obrigados a cumprir. Eles enxergam isso como perda de tempo e de dinheiro e não como uma oportunidade para se qualificarem melhor, mesmo que isso signifique, colocar a população na posição de “cobaias”. Eles querem é continuar como está, ou seja, receber das prefeituras e não trabalhar. Querem prestar serviços no maior número possível de locais e ficarem lá o menor tempo possível. Você conhece algum médico que fica 12 horas no mesmo posto de saúde, durante todos os dias da semana? Claro que não.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Plebiscito ou Referendo? Cuidado com o Golpe !

Nas últimas semanas começamos a assistir diversas manifestações da população brasileira por todos os cantos do país.Muitos até criticamtais manifestações alegando que são tantas reinvindicações que o povo não sabe nem mesmo porque estão nas ruas. A estes desavisados tenho a triste notícia: O povo sabe exatamente o que deseja, são os nossos políticos e dirigentes em todas as esferas que não sabem o que fazer!

Se existisse um único político ou gestor público inteligente e sensível às necessidades reais da população e conseguisse enxergar fora do quadrado, aproveitaria este momento histórico e sairia em vantagem nas próximas eleições, tendo a oportunidade ímpar de fazer diferente, criar uma nova política, um novo conceito de gestão pública que poderia ser referência para o Brasil e o mundo.


Mas um fato tem me despertado a atenção nos últimos dias. Nossa presidente, assessorada por políticos de péssima índole, está tentando de forma amadora, jogar a responsabilidade pelas decisões políticas na mão do povo. Cogitar a ideia de plebiscito é no mínimo uma falta de maturidade nessa altura do campeonato, já que estamos em clima de copa. Plebiscito é uma forma descarada de transferência de responsabilidade, pois após a decisão do povo, os políticos lavarão as mãos e ainda terão a insensatez de dizer em voz alta que a decisão foi do povo.

Você sabe a diferença de plebiscito e referendo? Vamos esclarecer para entenderem bem o meu ponto de vista. Plebiscito é convocado antes da criação de uma lei, ou seja, o governa te faz algumas pergutas e com base na sua resposta cria uma lei...se a lei não der certo...foi você que decidiu...ele sai limpo e competente da história. Já no referendo o governo apresenta uma proposta ou ideia pronta e a população decide se aceita ou não...ou seja...eles precisam trabalhar...e a população saberá de forma antecipada se o político tem capacidade para continuar lá ou não...assim conseguimos separar o joio do trigo e eles morrem de medo disso!

Mas afinal, o que o povo realmente deseja? Ora, caro gestor público, se após tantas manifestações você ainda não conseguiu identificar quais as necessidades do povo e ainda necessita convocar um plebiscito para conseguir entender o que o povo clama pelas ruas, você não merece estar ocupando uma cadeira, seja em qual esfera for, municipal, estadual ou federal.


Convocar plebiscito com perguntas prontas na tentativa de iludir ainda mais a população é no mínimo uma atitude de mentes perversas, que na verdade não desejam mudanças, mas sim amenizar a fúria do povo cansado de tantas irregularidades e mal uso do erário. A população sabe o que quer! quer saúde de qualidade, quer educação de qualidade, quer transporte público de qualidade, em suma, quer qualidade de vida! A população sabe fazer conta e entende que o valor pago em impostos é mais do que suficiente para vivermos em um oásis de prosperidade.

O que a população não aceita é um senador ter aposentadoria vitalícia sem ter trabalhado a mesma quantidade de anos que um trabalhador comum. Não suporta mais é ver prefeitos e vereadores desviando milhões dos cofres públicos por falta de fiscalização e com o consentimento de deputados e senadores. Não suporta mais é ser governado por pessoas incapazes de criar políticas públicas que atendam seus anseios.

Se um político ou administrador público não possui capacidade para elaborar estratégias públicas que atendam as necessidades básicas da população, ele não merece ocupar o cargo atual. Então não devemos aceitar um plebiscito e sim exigir um referendo, onde o povo apenas decidirá se determinada política pública é boa ou não.

Vamos criar uma campanha nacional para obrigar os políticos a trabalharem. Não sou contra o salário de vereadores e deputados, muito menos de prefeitos e governadores, mas sou contra decidir o futuro do povo através de plebiscito onde os governantes literalmente jogam a responsabilidade para o povo. Se os políticos brasileiros desejam continuar recebendo salários, que trabalhem!!!

Sim ao referendo. Vamos cobrar ideias e projetos de nossos dirigentes. Não cabe ao povo ensiná-los a trabalhar. Eles são pagos para isso. Cabe ao povo dizer se o trabalho está de acordo com a realidade e os anseios da maioria!!!

Pense nisso!


domingo, 14 de abril de 2013

A Murici de Renan Calheiros e a minha Igarapava querida !

Lendo esta noite uma matéria assinada pela jornalista Gabriele Jimenez da revista Veja, edição 2317, ano 46, nº 16, do dia 17 de abril de 2013, página 88, não pude deixar de me recordar e criar um paralelo entre a minha cidade natal e o pequeno curral eleitoral da família Calheiros, a pobre cidadezinha de Murici, que me fez recordar as várias semelhanças existentes entre as centenas de pequenas cidades brasileiras.

O texto de Gabriele é uma radiografia da grande maioria das pequenas cidades brasileiras que nos causam indignação e repulsa sempre que assistimos ou lemos alguma notícia sobre a pobreza patrocinada por maus políticos intencionados apenas em sua perpetuação no poder com o objetivo claro de enriquecimento e nada mais. E a notícia é que este cenário jamais mudará!

Uma cidade de interior, longe das vistas da fiscalização de pessoas honestas, com cerca de 27 mil habitantes, onde a política se tornou um curral eleitoral de uma ou duas famílias é a imagem mais comum no Brasil atual e o que mais me deixa indignado e sem esperança de mudanças é que a população destes currais apoia essa situação e se conforma em receber as migalhas que sobram do roubo destes cofres. Aceitam empregos de subsistência em cargos claramente cabideiros, que servem apenas para pagar as contas de água e luz ou pagar o financiamento de 60 meses de um carro popular. E vivem felizes para sempre!

 
Gabriele menciona o caso de um funcionário da prefeitura de Murici, chamado Claudivan Maurício de Souza, vulgo Lobinho, que está extremamente feliz com a situação de completa miséria da grande maioria da população, pois ele, acabou de receber uma casa, mesmo tendo tantas pessoas em situação mais precária e o mais assustador ainda é que ele aceita dar uma entrevista para justificar o injustificável. Foi ai que me lembrei novamente da cidade onde nasci, que também entregou casas populares para vereadores e funcionários de alto escalão da prefeitura.

Igarapava, no interior de São Paulo, é a irmã gêmea da pequena Murici, o curral da família Calheiros, e preserva a mesma velha política assistencialista, cujas raízes remontam o coronelismo bem lembrado por Gabriele. Exatamente como Murici, a cidade de Igarapava possui cerca de 1.200 funcionários na administração pública, o que transforma a prefeitura na maior empregadora e quem não consegue um empreguinho de subsistência na prefeitura, acaba se conformando com pequenos salários no comércio local, que é uma das maiores fontes de notas fiscais frias que irrigam a prefeitura com o objetivo de auxiliar no desvio dos recursos públicos praticados por assessores ou aspones do prefeito samambaia.


É comum presenciar tais assessores visitando pequenas mercearias para recolher notas fiscais com valores irreais e acima do que realmente foi comprado pela prefeitura, exatamente para arrecadar os recursos para pagar as dívidas de campanha ou compor os recursos para a próxima eleição. Enfim, a conclusão é uma só: prefeituras de cidades do interior são usadas para o enriquecimento de uma minoria cada vez mais bem organizada e unida, que causaria muita inveja em personagens como Al Capone e Fernandinho Beira Mar.


Esse é o retrato mais fiel da política no Brasil e mesmo assim as oportunidades de crescimento ocorrem. Imaginem se tivessemos políticos honestos e preocupados verdadeiramente com as nossas cidades? Morariamos em verdadeiros oásis de prosperidade, com emprego, moradia, educação e saúde de qualidade para todos de forma gratuita e digna. Pense nisso!



domingo, 17 de março de 2013

Educação - Nossas crianças nas mãos de políticos !

Qualquer pessoa um pouco mais atenta a realidade macabra das escolas brasileiras irá concordar comigo em um ponto: A municipalização do ensino foi um dos maiores pecados já praticados pelos nossos políticos! Deixamos nas mãos de prefeitos corruptos a formação de nossos filhos! A principal preocupação de qualquer prefeito é somente a manutenção no cargo o maior tempo possível e por isso acaba nomeando secretários de educação sem nenhuma qualificação em gestão pública ou pelo menos com alguma noção na área de administração.

Apenas 120 dos 5.500 secretários municipais de Educação no país - uma minguada porcentagem de 2% do total - possuem alguma formação na área de administração. A grande maioria foi nomeada para o posto depois de se destacar à frente da lousa ou chegou lá por indicação política mesmo, e em ambos os casos sem nunca ter sequer flertado com a cartilha mais elementar da Gestão Pública.

Esse quadro nos esclarece um pouco o motivo pelo qual a grande maioria das escolas brasileiras ainda estão engatinhando na formação de nossos filhos. Perdidos em meio a dezenas de processos e prazos, os Secretários de Educação só dão conta de que precisam agir quando o atraso já é eminente. As consequências podem ser desastrosas para a escola: ora falta uniforme, ora merenda.
A nomeação de um aliado político para os cargos mais importantes da gestão municipal só atrasa o desenvolvimento de nossos filhos, que acabam pagando a conta mais cara desse processo. Os alunos oriundos da rede pública de ensino necessitam de "muletas" como as cotas para conseguirem uma cadeira em uma universidade de qualidade e mesmo assim, quando conseguem a vaga, sofrem pela falta de base teórica e acabam tendo imensa dificuldade em concluir o ensino superior.

Ter um secretário de educação sem noção em administração ou gestão pública seria o menor dos problemas se o prefeito tivesse a capacidade de orientá-lo, mas a única intenção que um prefeito têm quando nomeia um "amigo" é dificultar e atrapalhar o andamento do departamento e com isso facilitar o desvio de recursos através da emissão de notas fraudulentas com merenda escolar ou outros gastos. É muito comum os prefeitos centralizarem o controle dos gastos com educação em seus gabinetes, pois assim dificultam a gestão do secretário e dos diretores de escola, facilitando os desvios diários.

Mas sempre existem pessoas bem intencionadas e que ainda acreditam na bondade e na honestidade na Gestão Pública. Uma luz para os secretários de educação que estão totalmente perdidos no meio de uma papelada sem fim e de demandas desnecessárias solicitadas por prefeitos mal intencionados é a ferramenta virtual desenvolvida por treze instituições dedicadas ao ensino, entre elas a Fundação Itaú Social. A ferramenta sinaliza por exemplo, datas importantes, como a hora exata de solicitar uma nova licitação antes do vencimento de contratos existentes. Ela também orienta de forma bem simples o orçamento financeiro e disponibiliza a troca de experiências inovadoras e de sucesso realizadas em outras instituições de ensino.

O site para quem deseja entender melhor a ferramenta é: http://convivaeducacao.org.br e está destinado a pessoas ligadas a administração escolar. Vale uma visita. Mas toda ferramenta precisa ser alimentada e gerenciada, ou seja, dá trabalho. Se deixarmos de alimentá-la será apenas mais uma obrigação sem sentido, como muitas outras tarefas desempenhadas hoje pelos secretários de educação. E para finalizar, a pergunta de sempre: E na sua cidade? Como está a gestão da educação? Pense bem e reflita. A gestão é séria ou é política?




quarta-feira, 13 de março de 2013

Lixo - O problema que o Prefeito evita !

Das mais de 6 mil cidades brasileiras, cerca de 4 mil não possuem recursos para administrar um aterro sanitário de acordo com a nova legislação. A Lei 12.305/10 é um marco no que tange a gestão de lixo e demais resíduos que causam graves problemas ambientais e de saúde em nossas cidades. Basta olharmos ao nosso redor e veremos todos os erros cometidos pelas prefeituras, que simplesmente ignoram o problema do lixo e acabam terceirizando o problema.

De prefeitos incompetentes só poderiamos esperar exatamente essa atitude! É muito mais fácil jogar a batata quente para outro do que assumir a responsabilidade de criar uma política inteligente e lucrativa para o lixo. Repare no que vem acontecendo nas nossas cidades! Empresas terceirizadas recolhem nosso lixo de maneira amadora e levam para áreas afastadas da cidade e simplemente emterram, escondendo e maquiando um problema para nossos netos.


A irresponsabilidade é tamanha que um prefeito paga uma verdadeira fortuna para empresas de "amigos" coletarem e destinarem o lixo que é problema do município. Os nossos "gestores" cobram impostos cada vez mais altos e repassam gratuitamente para um pequeno grupo fechado de empresas que dominam um dos mercados mais corruptos do Brasil - o mercado do lixo!

Como funciona esse mercado? Uma empresa, geralmente até sem as qualificações técnicas ideais, apoia financeiramente um candidato a prefeito e assim que o mesmo é eleito, abre-se um processo licitatório, que em muitos casos, são feitos de forma fraudulenta e abrigam verdadeiros mafiosos do lixo em nosso quintal. Negociam-se contratos de 20 ou 30 anos, a preços exorbitantes e ninguém reclama. Existem empresas que dominam a coleta e a destinação de lixo em diversas cidades e com total segurança posso afirmar que o prefeito que idealizou este processo licitatório, recebe um belo salário da empresa.

Mas este é o menor dos pecados administrativos que o "prefeito samambaia" comete. O mais grave e o mais preocupante é o pecado de privar as nossas cidades do dinheiro que poderia ser retornado aos cofres públicos com o lixo gerado diariamente. Só para exemplificar as oportunidades perdidas posso citar o comércio do crédito de carbono, o comércio do gás, a geração de energia elétrica, o adubo orgânico e muito mais. Notem que não inclui nestas alternativas de geração de renda a coleta seletiva para o reaproveitmento do plástico, do papel, do vidro e do alumínio.

Agora reflita comigo: Na sua cidade, o prefeito paga uma fortuna para uma empresa privada resolver o problema que é dele? Ou trata o lixo como uma fonte de receita para o município, usando este dinheiro para melhorar a saúde, a educação, a cultura, o lazer e por ai afora? Tenho certeza absoluta que 99% das cidades a resposta será a primeira alternativa. Então a conclusão óbvia: Quem está realmente ganhando algo nessa história? A cidade ou o Prefeito e seus amiguinhos? Pense bem nisso. Acorde cidadão!!!

E como sempre, serei criticado, pois irão dizer que mostro o problema e não dou a solução. E desta vez vou ser egoísta: A solução existe e está a disposição de qualquer prefeito, mas esse segredo vou guardar mais um tempo comigo. Vou aguardar o dia 02 de agosto de 2014 só para mostrar para todos, quais os prefeitos incompetentes e quais foram verdadeiros gestores públicos. Me aguardem !!!


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

IPVA, IPTU, ISS - Como somos enganados ?

Ouvi recentemente a entrevista de um advogado de um vilarejo com cerca de 27 mil habitantes na divisa de Minas Gerais com São Paulo, onde o mesmo solicitava a população que pagassem o IPTU e o ISS atrasados, pois a cidade necessitava muito de recursos para as melhorias de infraestrutura como "tapa-buracos" e obras ligadas ao meio ambiente e foi aí que o alarme contra incompetentes me deu novo alerta. Quem disse pra este advogado de prefeitura que o dinheiro do IPTU e do ISS servem para consertar ruas e plantar árvores?

Mas, afinal, para que serve o dinheiro arrecadado pelo IPTU e ISS? - Se o interesse é saber quais as melhorias urbanas vinculadas diretamente à arrecadação deste imposto, a resposta pode ser: não serve para nada. Sob o ponto de vista da legislação, o IPTU, como os demais impostos municipais, servem para custear a máquina pública. Quer dizer: todos os impostos, inclusive o IPTU formam um caixa único, e são direcionados percentualmente para cada um dos setores da administração pública, conforme previsão orçamentária e legislação municipal, caso exista.

Por isso, quando alguém reclama, por exemplo, que paga IPTU e a rua onde mora está esburacada, direciona mal a reclamação. Igualmente sem fundamento legal é utilizar o fato de pagar o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotivos (IPVA) para reclamar da má conservação de estradas, ou do custo de pedágio. Na grande maioria das cidades brasileiras, Educação e Saúde são as duas únicas áreas que têm receitas vinculadas ao percentual da arrecadação de impostos. Os demais setores, incluindo melhorias urbanas, têm seus percentuais determinados a cada exercício (orçamento municipal). Tais percentuais são pré-definidos pelo Executivo e enviados à Câmara Municipal, para análise e aprovação (ou não).

Mas voltando ao advogado, ele disse que a população deveria "ajudar" a prefeitura, pagando os impostos atrasados para garantir uma cidade melhor, pois a prefeitura não desejaria cobrar os atrasados de forma judicial e aí eu pergunto: A quanto tempo estes impostos estão atrasados? Um sinal claro de falta de gestão e controle sobre o orçamento municipal esta na gestão desta carteira de devedores, se a dívida do cidadão para com os cofres públicos ultrapassar 12 meses, é fato que este prefeito não sabe administrar orçamento. Onde estão os advogados da prefeitura que ainda não cobraram essa dívida ativa? O que posso entender é que o advogado da prefeitura adota medidas somente para beneficiar a imagem do prefeito, mas nunca para beneficiar a população?

E para refletir um pouco mais, comecei a notar que grande parte dos moradores desta cidade circulam com veículos emplacados em outro Estado (no caso Minas Gerais) com o objetivo claro de pagar menos IPVA, que nestes casos vão para o cofre de outra prefeitura. Pergunto: Como você pode exigir que um prefeito não utilize veículo emplacado em outro estado com o objetivo de pagar menos imposto, se você, que é o eleitor, a figura mais importante do município não paga o IPVA para a cidade onde você mora? Devemos sim, pagar nossos impostos em dia para encher os cofres públicos de dinheiro para somente depois exigir que o prefeito utilize esse recurso de forma mais inteligente.

Mas voltando ao assunto IPVA para consertar as vias públicas, fica a dica: Não repita mais essa besteira! O dinheiro arrecadado pelo IPVA, IPTU, ISS e outros, são direcionados para a mesma gaveta e esses recursos são utilizados para custear a pesada máquina pública. É com esse dinheiro que o seu amado prefeito compra o cafezinho, o papel higiênico, os lápis, as canetas, a gasolina que "doa" para o amigo votar nele nas próximas eleições. É com esse dinheiro que o prefeito paga a conta de energia elétrica dos órgãos públicos e os churrascos realizados nos ranchos de Rifaina ou pior, é com esse o dinheiro do seu IPVA que ele paga pela limpeza da piscina da primeira dama, ou seria a segunda dama?

Sabe aquela dívida que o seu "amigo" vereador pagou para você? Pois é, pode ter sido paga com o dinheiro do IPVA ou IPTU que você mesmo pagou...e você aí se achando o eleitor mais inteligente do mundo. Cuidado, criticar é fácil, mas primeiro procure entender melhor como funcionam as "entranhas" da sua prefeitura para depois sair gritando ao quatro ventos que o dinheiro do IPVA não esta sendo utilizado para tapar os buracos de sua rua...Fica a dica...!!!








quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Lixo - O problema que gera dinheiro sujo !

No início de 2011 o meu interesse pelo lixo ficou mais sério e acabei me aprofundando no tema de uma forma tão intensa que o resultado foi a publicação de meu segundo livro, o primeiro sobre um tema ligado a Gestão Pública. Sempre vi no lixo uma fonte de riqueza que a maioria dos prefeitos enchergavam como uma fonte de desvios de recursos. Para o prefeito corrupto, não existe maneira mais fácil de roubar o dinheiro público. Basta contratar empresas de limpeza pública que desaparecem com o lixo e de quebra sempre vem um "dinheirinho" por fora, para manter o contrato com empresas incompetentes. A incompetência é um imã para políticos corruptos.

Olhe a sua volta. Na sua cidade existem terrenos baldios com garrafas plásticas, bitucas de cigarros, pedaços de papéis, embalagens de bala, as famigeradas sacolinhas plásticas espalhadas por todos os lados? Então, você acha que isso é só pela falta de educação do cidadão, que joga o lixo em qualquer lugar? Você acha que o prefeito e a empresa de limpeza pública não são culpados por nada disso? Cuidado, você está sendo ingênuo ou conivente. Porque um prefeito não rescindi um contrato com uma empresa conhecidamente incompetente e que não presta o serviço de forma correta? Amigo, somente porque ele foi "pago" por fora para manter um contrato. Você acha que um prefeito não recebe diariamente diversas propostas de empresas e empresários para contratar serviços de péssima qualidade mas que gera grandes fortunas para o político?



Mas saibam que este é o menor dos problemas, pois com a nova legislação sobre o tema "lixo" ou se preferirem "resíduos sólidos", as prefeituras terão que se adaptar a uma realidade que desconhecem completamente. Acabou aquela mentira chamada aterro sanitário que o seu prefeito jura que possui na cidade. Em mais de 90% das cidades brasileiras com menos de 50 mil habitantes existiam até pouco tempo os conhecidos "lixões", onde as empresas de  limpeza pública ou qualquer indivíduo poderia se dirigir ao local e jogar o lixo de qualquer forma, lixo este que ficava exposto a chuva, sol e lógico, aos catadores, que garimpavam ou garimpam ainda, restos de lixo que julgam ter algum valor. É um dos cenários mais tristes e humilhantes que podemos imaginar. Mas e o prefeito? Amigo, está em casa tomando seu vinho ou seu uísque com os donos da empresa responsável pela limpeza pública e a coleta de lixo.

As agências de regulação ambiental e o ministério público, em todo o território nacional, vem multando as prefeituras que jogaram "terra" sobre estes lixões e proclamaram aos quatro cantos que tinham "aterros sanitários" para tentarem escapar das multas pesadas que todas as prefeituras estão recebendo. Mas o que os gestores públicos incompetentes não imaginavam é que agora vão necessitar remediar tais erros, criando mecanismos para recuperação do lençol freático contaminado, eliminação dos gases gerados pelo aterro mal elaborado além de ter que reflorestar estas áreas e isolá-las durante anos para recuperar o meio ambiente. E as prefeituras, através de seus advogados vão lutar durante anos para fugirem desta obrigação, pois ela gera custos e nenhum prefeito quer gastar dinheiro com recuperação ambiental, querem somente gastar dinheiro com empresas "parcerias" que facilitam os desvios de recursos públicos.

E como serão os próximos passos destes prefeitos incompetentes? Com a Lei 12.305/10 e a Lei 11.445/07, os especialistas em meio ambiente começaram a identificar oportunidades de negócios nos setores de resíduos sólidos urbanos e saneamento básico, mas como a grande maioria destes especialistas estão ligados a órgãos públicos ou prefeituras, quase nada de novo será apresentado. Todos sabem que o lixo gera dinheiro, mas só pensam nas "Usinas de Reciclagem", apostam tudo na reciclagem e na coleta seletiva, o que é louvável, mas quando estes mesmos especialistas colocam no papel a quantidade de lixo necessário para tornar uma usina de reciclagem viável financeiramente, acabam voltando a solução mais prática: o ATERRO.

Uma Usina de Reciclagem só começa a ser viável quando possui uma demanda de resíduos sólidos proporcional a uma cidade com mais de 500 mil habitantes, ou seja, apostar em usina de reciclagem em cidades com menos de 50 mil habitantes é receita certa para o fracasso financeiro do investidor, a não ser que o dinheiro investido venha dos cofres públicos e isso é mais fácil do que você pode imaginar. Vou dar um exemplo fácil de como o político corrupto de cidade pequena levanta milhões em menos de um ano: Todas as compras realizadas pela prefeitura são feitas de forma irregular, o comprador recebe mercadorias em menor quantidade da que está descrita nas notas fiscais. A diferença financeira é repassada ao político no momento em que a prefeitura paga o  fornecedor. Entenderam? Me deixe dar um exemplo prático: o político pede uma nota fiscal a algum mercadinho, no valor de R$ 50 mil, mas o mercadinho entrega somente R$ 20 mil em mercadorias. A diferença, os R$ 30 mil, vai para o bolso do corrupto. Simples assim!

Então emitindo várias notas fiscais de diversos mercadinhos, o político corrupto angaria fundos rapidamente, que serão investidos na compra de caminhões de coleta de lixo e uma pequena usina de reciclagem. Pronto, nasce do nada uma empresa, que certamente deverá estar no nome de algum "laranja" e inicia-se aí outra forma de desvio de recursos públicos: a prestação de serviço para limpeza pública. Pronto, empresa do "laranja" contratada por um valor absurdo, o que impede a falência da mesma. E o político corrupto em casa, tomando seu uísque com os amigos e o dinheiro entrando, sem a necessidade de trabalhar. Você conhece algum político, que mesmo não eleito continua ostentando a riqueza? Tenham certeza meus amigos, eles estão por trás de algo ilícito e é o seu dinheiro que está envolvido nisso.

Ah! E a qualidade do serviço prestado por esta empresa? Se uma empresa nasce de forma ilícita e é fundada por corruptos, pode dar algum retorno positivo a sociedade? Pensem muito bem nisso e aguardem as próximas cenas desta história. Em breve sua cidade terá uma nova empresa de recolhimento de lixo e talvez até uma pequena usina de reciclagem e o dono será a chave para você entender se é fraude aos cofres públicos ou algo sério. Olho aberto!













segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Desempregados - Como enganar a massa ?

Li recentemente, em um jornalzinho "comprado", (digo "comprado" porque trata-se de um daqueles jornais de cidade pequena que só publicam o que se paga. Dando sempre boas notícias de quem está no poder e maquiando a verdadeira realidade medíocre que gestores públicos corruptos e mal intencionados tentam esconder com maestria da grande massa de desinformados) a noticia de que a prefeitura, através de seu departamento de indústria e comércio, se mostrando muito preocupada com a falta de emprego no município, está firmando parcerias importantes com o sistema "S" (Senai, Sesi, Sebrae e Senac) para o treinamento e a formação de mão de obra qualificada. A intenção é preparar o futuros desempregados da monocultura açúcareira para novos desafios e novas profissões.

O leigo ou "ignorante político" não consegue ver além do horizonte desta notícia, pois fica ofuscado pelo carnaval e pelo barulho das notícias, e os desempregados se enchem de esperança, discutem pelas ruas a importância da atitude do prefeito samambaia e assim passam os dias e tudo se mantêm na mesma inércia do passado. Quatro anos voam e as promessas mirabolantes virão novamente e os tolos continuarão aplaudindo ações de fumaça. Como é simples e fácil manipular a massa das cidades pequenas. Como sempre digo, quer ficar rico sem trabalhar? Seja prefeito ou vereador em cidade com menos de 50 mil habitantes. É lucro certo!



Mas todos devem estar se perguntando: Esse cara é maluco? A prefeitura quer ensinar uma profissão nova a quem está desempregado e ele é contra? Que idiota invejoso!

Calma massa, ai vem a explicação de quem enxerga além do horizonte curto dos cidadãos com os olhos enuviados pela fumaça da propaganda paga. Vou explicar meu ponto de vista, fiquem tranquilos! O morador de uma pequena cidade sempre estará a mercê de oportunistas de plantão e este tipo de "política fumaça" sempre funciona com os menos informados, pois imaginem um funcionário de uma usina de cana-de-açúcar, conseguem imaginar o grau de instrução, a origem familiar, as oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional deste funcionário?

Vamos refletir: Um menino de 20 anos, que conseguiu estudar até a quarta série do ensino fundamental, morando no interior do nordeste brasileiro, passando fome e sede, vendo sua família sendo devorada pela seca e pela total falta de futuro, acaba se revoltando e deixando tudo para trás, com o "sonho" de ganhar um pouco de dinheiro em São Paulo (digo Estado de São Paulo), e acaba baixando âncora logo na fronteira de Minas com São Paulo, terra coberta de uma só plantação, toda verde, algo raro para um nordestino, vislumbra rios caudalosos, repletos de água e peixe e pensa: Obrigado meu Deus! Encontrei o paraíso!

Mas passam os anos e o menino de 20 anos, agora com 40 anos, se vê na mesma situação miserável de antes e se pergunta: Como o tempo passou tão rápido? Graças a Deus ganhei dinheiro pra comer, mas não consegui estudar, comprar minha casinha, e meus filhos terão o mesmo futuro que eu, cortar cana-de-açúcar ou trabalhar debaixo deste sol tão ardido como o do meu sertão! Aí, um oportunista aparece no jornal dizendo que os problemas de desemprego vão ser solucionados e que todos os moradores da cidade terão oportunidade de aprender uma nova profissão e nunca mais terão que sofrer no corte da cana-de-açúcar. Ele chora e agradece a Deus: Meu filho terá um futuro melhor que o meu!

É neste momento que o maluco aqui se revolta e tenta entender a visão estratégica e política destes gestores e a pergunta fica ressoando em minha mente: Ensinar um jovem a pilotar foguete se a cidade nunca será um local de lançamento de espaçonave com destino a Marte?! Ensinar algém a ser Chef de Cozinha se só existem butecos na cidade?! Ensinar jovens a arte da marcenaria se não existe mais árvores na região?! Gente, eu estou louco ou o  mundo está do avesso? Volta a minha celebre opinião sobre a política em cidades com menos de 50 mil habitantes: O POSTE ESTÁ MIJANDO NO CACHORRO !!!

Gestores Públicos sérios e competentes, vislumbram o futuro da cidade de forma totalmente oposta a destes oportunistas de plantão. Gestores Públicos competentes se espelham nos "jardineiros", ou seja, cultivam o solo, plantam as sementes, esperam brotar as plantações e choram com o desabrochar das flores porque sabem que com as flores vem as borboletas e os beija-flores. Vocês entendem o que quero dizer? Vou ser mais claro.

Para garantir o pleno emprego em sua cidade, o gestor de verdade realiza um estudo detalhado das oportunidades de negócios para a região e desenvolve um planejamento de 20 ou 30 anos para atrair investidores e novas empresas. Somente com a semente no chão (as empresas sinalizando o interesse em se instalarem na cidade) é que ele direciona o leme para o segundo estágio da viagem, que é o treinamento da mão-de-obra necessária aquelas empresas que sinalizaram o interesse em investir na cidade.

Pergunto mais: Quanto tempo você acredita que é necessário para uma empresa construir uma sede, realizar levantamentos financeiros e mobilizar seus melhores funcionários para instalar uma nova planta industrial em um município, as vezes até distante de sua sede? Vou responder dizendo que no mínimo 1 ano. Neste momento a minha consciência me cobra a seguinte conclusão básica: Em 1 ano não seria possível treinar toda a mão-de-obra necessária que está empresa utilizará? Não seria muito mais inteligente utilizar inclusive profissionais desta empresa para elaborar o treinamento dos novos funcionários? Assim treinaríamos a mão-de-obra exatamente da maneira que desejamos e separaríamos os melhores, mesmo antes do início das atividades.

Então repito o que disse no começo: Vamos treinar (iludir) pessoas para profissões que nunca teremos em nosso município? Até onde vai tamanha irresponsabilidade? Até quando gestores medíocres vão enganar a massa de desinfromados e criar uma espectativa mentirosa na mente de nossos jovens? Quem eles acham que estão enganando? Pense bem nisso e reflita!






terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Santa Casa - Hospital ou Ferramenta Política?

Num passado bem distante, mais precisamente no inicio dos anos de 1900, as pequenas cidades brasileiras podiam contar com instituições de saúde de excelência, que desempenhavam um papel social essencial em todo o território nacional. Manter uma Santa Casa em uma cidade pequena era de fundamental importância em virtude da dificuldade em gerar interesse de grandes grupos econômicos para captação de recursos com o objetivo de altos lucros.

Mas com o passar dos anos, estas instituições passaram a despertar o interesse de políticos de má índole, que vislumbraram na saúde, uma forma de angariar votos nas eleições municipais. A partir dos anos de 1960 começamos a assistir um aumento exponencial no número de prefeitos médicos. Jovens de cidades pequenas começaram a buscar a formação em medicina por puro interesse político. Ser médico em cidade pequena se tornou premissa básica para ser prefeito.

Neste momento, as Santas Casas perderam o que possuiam de mais precioso: A independência. O grupo que detinha o controle da gestão da Santa Casa era o grupo eleito. Começou ali a decadência administrativa dos hospitais municipais administrados por Irmandades e Organizações Sem Fins Lucrativos. Os "médicos prefeitos" desenvolveram uma metodologia de gestão desastrosa nessas instituições ao ponto de reduzir a oferta de serviços, inchar a folha de pagamento, fraudar compras de equipamentos, desprezando a importância de uma gestão compartilhada entre poder público e setor privado.

Cidades com menos de 50 mil habitantes que não possuem serviços de pronto-socorro terceirizam este atendimento para as Santas Casas, mas não repassam recursos suficientes para os custos destes serviços. Muitas vezes esses repasses não ocorrem pelo simples fato de que o gestor da Santa Casa e o Prefeito são inimigos políticos. Os prefeitos descobriram que devido ao tipo de atendimento fornecido pelas Santas Casas, se deixassem de repassar recursos durante apenas 60 dias, criariam situações irreversíveis de gestão financeira nestas Santas Casas. Então podem ter certeza de uma coisa que vou dizer: Se na sua cidade a Santa Casa está passando por dificuldades, a culpa é de algum político corrupto !

Então não existe solução para a saúde nas pequenas cidades? Eu diria que a solução existe e está ao alcance que qualquer gestor público realmente interessado na saúde da população. Basta uma gestão eficiente e responsável dos recursos do SUS e uma política administrativa focada na obtenção de recursos suplementares, mesclando procedimentos de baixa e média complexidade com serviços de alta complexidade. Serviços de baixa complexidade (Atendimento SUS) não remuneram uma Santa Casa de forma suficiente para cobrir os custos de manutenção de um hospital. Logo a adoção de serviços de média e alta complexidade em parceria com convênios vinculados a saúde complementar poderiam resolver de forma rápida e satisfatória a falta de recursos.


Porém essa política de gestão deveria ser compartilhada e a prefeitura deveria repassar os recursos de forma constante e sem interesses político-partidários, mas aí está a grande questão ou o grande desafio de um gestor de Santa Casa: Criar um clima de ajuda mútua junto a população, sendo transparente e prestando contas mensais a população e as autoridades. E a população por sua vez, caberia a fiscalização da destinação desses recursos. Um orçamento realista, claro e transparente. Mas será que os "doutores" ou os "políticos" desejam isso realmente?

O SUS vem desenvolvendo ferramentas de controle para minimizar essas brigas políticas, mas a incapacidade de sentimentos destes atores continua levando o caos a saúde em grande parte dos municípios brasileiros e nas cidades com menos de 50 mil habitantes este cenário é ainda mais desolador, pois a população geralmente é mal informada e não aciona o Ministério Público para cobrar dos "doutores" e "políticos" uma gestão responsável e humana. Vivemos a mercê de promessas de políticos que, caso necessitem, são prontamente atendidos por planos de sáude particulares em cidades maiores e ao pobre que depende dos serviços públicos, sobra a passividade e as filas para a mendicância de um mero Buscopan para amenizar a dor.

Então digo claramente: Santa Casa é caso de policia. Não fiquem acreditando em promessas de prefeitos corruptos e médicos que estão somente preocupados com seus próprios interesses. Vamos a luta, denunciem cada mal atendimento ao Ministério Público. O caminho é não aceitar a administração de pessoas de má índole. Acorda povo !!!




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Prefeito Samambaia - Os perigos ocultos.

Frequentemente ouvimos histórias de cidades, principalmente as de pequeno porte, onde o prefeito eleito não é quem realmente governa. Muitos tratam deste assunto com ironia ou com indiferença e sempre se ouve comentários como: Isso é conversa de oposição! Isso é mentira! Ou até mesmo: Eu já sabia!

Sempre levamos este tipo de informação para o lado da brincadeira e acabamos criando até apelidos carinhosos para nossos egrégios representantes do executivo. Eu mesmo costumo nomeá-los como "prefeitos samambaias" para fazer uma correlação entre a serventia de ambas as figuras, te pergunto: Qual a utilidade de um vaso com uma bela samambaia em um canto de sua casa? Na minha casa tem a única utilidade de decorar o ambiente e deixar as fotos familiares mais bonitas. Quem nunca tirou uma foto ao lado de um vaso de samambaia na casa da avó? Duvido que você não tenha uma foto assim bem escondida por ai.


Pois bem, com o prefeito é a mesma coisa, elegemos políticos sem nenhuma competência para administrar um município, tiramos fotos ao lado dele e esquecemos a figura num canto da sala, mas não se enganem, toda samambaia precisa ser regada diariamente para continuar verde e vistosa. Ora, ai está nosso maior pecado como cidadão, deixar o jardineiro a vontade. Quem é esse jardineiro? Qual o objetivo deste jardineiro em manter uma figura decorativa no cargo mais importante de sua cidade? Este jardineiro é confiável? Afinal, porque a samambaia que eu votei e escolhi como meu prefeito não pode exercer a sua verdadeira função? Na sua cidade, seu prefeito é uma figura decorativa ou é uma pessoa responsável e atuante, preocupada com a melhoria e evolução de seu município?

No final do ano passado li uma reportagem sobre o desencanto do Deputado Tiririca com a realidade de Brasília e recentemente ele deu nova declaração expressando seu descontentamento com a política. Agora pergunto: Se o Deputado mais bem votado em 2010 não acredita mais na política federal, você é capaz de imaginar como é desleal e suja a política municipal?



Então, reflita com carinho. Até que ponto é interessante você lutar por um emprego de prefeitura, para receber migalhas enquanto o jardineiro é quem colhe os frutos grandes e maduros? Ou você acha que o "jardineiro" que cuida do "prefeito samambaia" faz isso de graça?

Tenho visto nas entrelinhas a atuação de jardineiros em muitas cidades de pequeno porte. Existem casos onde o ex-prefeito, não podendo mais se reeleger, colocou um "bobão" no cargo de prefeito e agora, como chefe de gabinete, continua mandando na cidade, num claro sinal de que a "teta" é boa mesmo. Em outras cidades, políticos cassados por fraudes aos cofres públicos ou até mesmo por assassinatos, administram prefeituras escondidos atrás da figura de "prefeitos samambaias" que são trabalhados por marqueteiros ainda mais corruptos, criando a imagem de um grande administrador, mas que no fundo, não possuem capacidade nem mesmo para administrar a própria casa.

Os exemplos são claros: Nomeação de afilhados políticos, mesmo correndo o perigo de serem denunciados por "nepotismo" ou até mesmo nomeação de pessoas que nunca trabalharam na vida e nem possuem currículo profissional para cargos de alta confiança e que interferem diretamente no seu bolso. Sempre que um secretário comete um erro e a sua cidade é multada em alguns milhões, tenha certeza que é do seu bolso que o dinheiro está saindo. Então cuidado !

Quando você desconfiar que seu prefeito é apenas uma figura decorativa e que está nomeando pessoas despreparadas, pode ter certeza que são atitudes muito bem pensadas por outros, que escondidos na calada da noite, preparam o terreno para desvios milionários do dinheiro que deveria ser aplicado na escola de seu filho, no posto de saúde de seu bairro, na geração de emprego em sua cidade e por ai vai.

Assisto diariamente secretários de indústria e comércio tomando conta de coleta de lixo, secretário de turismo cuidando de aterro sanitário, secretário de agricultura cuidando de obras de vias públicas, a empresa de marketing respondendo pela legislação ambiental e por ai afora. É o poste mijando no cachorro !

Então fiquem atentos, o administrador imcompetente não sabe nem mesmo direcionar o trabalho de cada departamento. Ele deixa o "jardineiro" cuidar de tudo e a sua cidade nunca muda, nunca melhora. Sua cidade está estacionada no tempo? Tenha certeza então que você possui um "Prefeito Samambaia" que só existe para tirarmos uma foto de recordação e nada mais. Ele é bonzinho e carismático, mas incompetente e subserviente. Será que vale a pena?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Dengue - O Retrato da Incompetência

Estou com DENGUE ! A culpa é do Aedes Aegypti ou do Prefeito? Claro que é do prefeito !!!

Nasci em uma cidade pequena, com menos de 27 mil habitantes e acabei me mudando para cidades maiores em busca de emprego e educação, pois em vilarejos como minha terra natal não existem oportunidades para jovens que desejam algo mais que comida e bebida. Me afastei por cerca de 20 anos e sempre vivi muito bem, assistindo as mazelas dos maus administradores públicos e apenas rindo da desgraça alheia. Dizia: Bem feito para aqueles idiotas que ficam votando em corruptos que só pensam em si próprios. Serão eternos pobres, de bolso e de espírito !

E continuo hoje com a mesma percepção. Quem vota em políticos incompetentes estão fadados a viverem na miséria o resto da vida. Nunca terão empregos dignos e viverão mendigando restos como empregos menores, em prefeituras menores, rodeado de pessoas menores e a vida passa, a cada dia morremos um pouco, sem ter realizado nada de significante na vida. Triste demais! Acordar cedo, ir para um emprego medíocre, passar o dia olhando pro lado e carimbando papéis que não terão nenhuma utilidade e no final do dia voltar pra casa, para assistir a novela e dormir para acordar cedo e ir para o serviço medíocre de novo, e de novo. Triste demais!

Mas como nada é eterno, acabei obrigado a retornar por alguns meses a terra natal e após me envolver com a política com a falsa esperança de que estava me aliando a pessoas competentes e que iriam mudar a realidade de mediocridade centenária do vilarejo, tive um banho de realidade e meu sonho durou poucas conversas e poucos meses, e logo me vi apoiando medíocres. A vergonha foi tamanha que me afastei por completo, com medo de ser apontado na rua e acusado de cúmplice. Que vergonha tenho hoje! Quem tem caráter, tem vergonha! Não nasci para ser político, definitivamente!

Mas o que a DENGUE tem a ver com isso? Bom vamos lá!

O que mais existe em vilarejos administrados por políticos corruptos é abandono e sujeira, em ambos os sentidos, sujeira física e moral, porém vamos nos ater a sujeira física. As ruas são abandonadas, a população joga lixo em qualquer lugar e não existe educação e nem tão pouco legislação eficiente que multe o cidadão que suja o vilarejo, pois todos estão com o rabo preso com o prefeito e vice-versa, o que impede de multarmos um amigo. Como vou multar o meu eleitor? Se fizer isso nunca mais ganho uma eleição!


Ai entra o coitado do Aedes Aegypti, que não entende nada de política e muito menos de má gestão. Ele simplesmente encontra nesses vilarejos, o ambiente ideal para sua procriação, afinal essa é a lei da natureza, crescei e multiplicar! não é? Prefeitos incompetentes não possuem pulso forte para legislar sobre terrenos baldios repletos de entulhos ou com mato alto que são os verdadeiros criadouros do mosquito. Diariamente somos bombardeados com campanhas publicitárias onde somos orientados a limpar a caixa d´água, manter vasos e plantas sem água parada, não deixar garrafas e pneus em ambientes úmidos e por aí vai! Mas nunca assistimos uma campanha onde os "especialistas" em dengue criticam um terreno baldio, coberto de mato ou de lixo, que são na verdade os maiores incubadores do mosquito.

Meu vilarejo está repleto de terrenos baldios mal cuidados e lotados de mosquitos, ratos, baratas, escorpiões, cobras e demais pragas causadoras de diversas doenças e o banana do prefeito sabe apenas dizer que precisa limpar os terrenos e multar os donos que não cumprirem a ordem! Digo "ordem" porque "lei" clara, que responsabiliza e pune os proprietários de terrenos sujos não existe!


Mas ai está o maior erro de gestão que um prefeito pode cometer. Não é simplesmente punindo com multas que se resolverá este problema, pois em vilarejos, uma simples multa pode acarretar uma briga política que levará gerações para ser remediada. Então todos irão me perguntar: Se você diz que simplesmente multar não é a solução, qual seria então? A resposta: Soluções inteligentes, coisa rara em políticos!

Pensem comigo: Se ocupassemos todos os terremos baldios de uma cidade com plantações de hortaliças e plantas medicinais, criando uma lei de incentivo aos proprietários destes terrenos, facilitando parcerias entre cooperativas e empresas para fornecimento de matéria-prima para a fabricação de medicamentos e chás por exemplo e retornando os lucros para as cooperativas e para os proprietários dos terrenos, estariamos resolvendo os problemas de geração de emprego e renda, inclusão social, saúde pública, limpeza e até mesmo turismo, pois não seria maravilhoso visitar uma cidade onde poderiamos ver flores e plantas em todos os cantos? Atraindo pássaros e borboletas ao invés de mosquito da dengue?

Pensem muito bem nisso e me respondam: A dengue é apenas falta de educação dos moradores ou uma questão de falta de competência do seu prefeito? Para os gestores públicos é mais fácil transferir para a população a culpa pelas mazelas, mas se existissem administradores públicos realmente inteligentes e competentes, a nossa realidade seria outra. Estou com dengue e a culpa é do meu prefeito! Fato.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Porque minha cidade não desenvolve?

Existem atualmente 4.855 municípios com menos de 50 mil habitantes no Brasil, o que representa cerca de 32% da população. O meu foco de atuação como consultor de gestão pública está exatamente nestas cidades por um motivo muito simples, a falta de capacidade técnica de planejamento de longo prazo de tais gestores. Nestas cidades impera o jogo pelo poder e nada mais. Não existe objetivo de médio e longo prazo para o desenvolvimento. O que acontece já no início do mandato são acordos e negociatas para a reeleição. Na grande maioria destes municípios a mentalidade é somente o "eu" e nunca "o povo". Nomeia-se pessoas despreparadas mas que não questionam, facilitando a vida do prefeito, que é tratado como um rei, mesmo sendo um medíocre.

Um exemplo claro deste fato é que entre os dias 28 e 30 o governo federal patrocinou o "Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas" em Brasília-DF, onde anunciou um montante de 31,3 bilhões para as prefeituras no ano de 2013, mas que contou com cerca de dois terços dos municípios brasileiros, mas da minha região de atuação, entre mais de 25 municípios, somente um prefeito esteve presente, o que demonstra a falta de interesse dos atuais prefeitos em promover o crescimento e a melhoria de seus municípios. Neste dia 30 participei de um encontro para tratar do assunto meio ambiente em uma pequena cidade, com menos de 27 mil habitantes, onde estiveram presentes especialistas da área, convidados para apresentar oportunidades de geração de renda e emprego combinados com preservação e recuperação de áreas degradadas, mas o que assisti foi um teatro de interesses que não levará a nada.

É típico de cidade onde realmente não existe interesse em desenvolvimento, mas somente em manter o poder nas mãos de alguns. Os especialistas foram praticamente ignorados pelo prefeito e tratados com indiferença pelos demais. Deixando claro a verdadeira intenção destes políticos. Não há interesse em ver uma cidade evoluída, com uma população esclarecida e bem informada, pois isso dificultaria o projeto de reeleição da turma atual. Assisti a uma total falta de interesse em mudanças e nenhuma responsabilidade ética e profissional.

E enquanto isso, muitos desavisados ficam se perguntando porque a cidade não evolui, e infelizmente sou obrigado a afirmar que nunca evoluirá tendo pessoas com esse caráter duvidoso e essa alma tão pequena. O jogo de vaidade é tamanha que eles não permitem a entrada de pessoas capacitadas e não procuram se capacitar, esperando que alguns poucos trabalhem de graça, trazendo novas ideias que são prontamente utilizadas em campanhas eleitorais. Se fecham em um grupo de incompetentes e deixam oportunidades espetaculares serem perdidas e a população não imagina as grandes oportunidades que já bateram as portas do município e foram prontamente boicotadas por pessoas que só pensam em si próprias.

Não se engane, prefeito que não deseja o desenvolvimento, não perde tempo em se informar das oportunidades existentes no governo federal. Vou dar um exemplo claro das oportunidades que sua cidade está perdendo pela total falta de responsabilidade destes prefeitos preocupados com reeleição, mesmo estando a menos de um mês na cadeira. Vejam os exemplos:

- Minha Casa Minha Vida: Para cidade com menos de 50 mil habitantes é possível enviar projetos para o ministério das cidades solicitando até 60 casas populares e a cidade terá 100% dos recursos enviados, ou seja, a sua cidade não vai gastar nada!

- Construção de UBS (Unidade Básica de Saúde): Basta a prefeitura entrar no site do ministério da saúde e enviar o projeto, que sua cidade recebe de graça um Posto de Saúde novinho. sua cidade precisa de outro posto de saúde?

- Pavimentação: Se sua cidade possui ruas sem calçamento, é só incluir o projeto no ministério das cidades que os recursos serão enviados. A prefeitura não gasta nada e sua cidade fica totalmente asfaltada. Difícil né?

- Centro de Iniciação Esportiva: Basta encaminhar o projeto para o ministério do esporte e sua cidade terá um centro poliesportivo para que seus jovens saiam das drogas e pratiquem esportes diversos. É muito difícil esse projeto, basta cadastrá-lo no site do ministério. Será que seu prefeito sabe usar a internet?

- Saneamento: Água e Esgoto: Sua cidade ainda não tem 100% do esgoto tratado? Azar o seu, pois se seu prefeito estivesse bem intencionado, já teria cadastrado o pedido junto a FUNASA. O dinheiro está lá esperando alguém pegá-lo!

- Estradas Vicinais: Os moradores da zona rural de sua cidade estão sofrendo com estradas ruins e mal conservadas neste período de chuva? Vou contar um segredo, mas não espalha pra ninguém por favor! Vai que algum prefeito mal intencionado descobre essa informação vai ser uma loucura. Mas vamos lá: O governo federal está doando uma motoniveladora e uma retroescavadeira para cada cidade brasileira com menos de 50 mil habitantes, não precisa nem de projeto, basta entrar no site do ministério de desenvolvimento e cadastrar a sua cidade. Essa é difícil demais!

- Cidades Digitais: Se seu prefeito fosse um cara bonzinho poderia tentar enviar um projeto e instalar internet gratuita em toda a cidade, mas esse projeto é um pouquinho mais complicado, só conto o segredo pra quem me pedir com muito carinho!

E muito mais, mas vou ficando por aqui para evitar deixar alguns prefeitos desesperados, pois é tanto dinheiro do PAC2, que as prefeituras não precisarão desembolsar nenhum centavo, mas que pode dar morte, não para realizar as obras e melhorar a sua cidade, mas para solicitar os recursos e desviar para a reeleição!

Pense bem nisso! Porque será que sua cidade não desenvolve? Eu respondo: Total falta de vergonha na cara de prefeitos corruptos e mal informados, que só estão preocupados em empregar os amiguinhos e recuperar o dinheiro gasto na campanha. Acorda Povo !!!







segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Qual o preço do Prefeito de sua cidade?

Todo homem tem seu preço !

Está frase nunca foi tão bem aplicada quando falamos de prefeitos de pequenas cidades. Quanto menor a cidade, mais barato é o preço do prefeito. Se você deseja investir seu dinheiro para ter retorno rápido, financie a campanha de um prefeito de cidade pequena nas próximas eleições.

Criei uma metodologia para mensurar de forma rápida se em sua cidade o prefeito foi comprado ou não. Basta analisar os votos dos vereadores. Na composição da câmara de vereadores, você identificará os eleitos pela oposição e os eleitos que apoiam o prefeito eleito. Destes vereadores eleitos, sempre existirá aquele vereador que nunca apoiou o prefeito. É o número de votos deste vereador que apoia de última hora que você deve considerar.

Em cidades muito pequenas qualquer voto faz toda a diferença. Analisando as cidades da região pude confirmar essa tese. Agora o que devemos analisar é o preço de cada voto. Esse preço não é aquele que calculamos dividindo o total de votos pelo valor declarado para a justiça eleitoral. A prestação de contas entregue a justiça eleitoral sempre é menor do que o que realmente foi gasto. Como técnico contábil tenho propriedade em afirmar isso. Contabilmente é possível prestar qualquer valor a justiça eleitoral. Em cidades muito pequenas nunca haverá auditorias para verificar se os valores declarados são realmente o que se gastou em uma campanha.

Então como calcular o preço de um voto. Simples, basta se candidatar a vereador e sair pela cidade pedindo voto ao conhecidos e desconhecidos, em algum momento da campanha alguém lhe pedirá dinheiro em troca de voto. É neste momento que você mensura o valor corrente do voto naquela eleição. O voto nas eleição de 2012 girou em torno de R$ 550,00. Então, se analisarmos um vereador que foi eleito com 470 votos, temos como resultado o valor de R$ 258.500,00. Este é o preço para se tornar um vereador em cidades com menos de 50 mil habitantes. E se este vereador apoiou o prefeito eleito somente nos últimos momentos da campanha, pode-se afirmar de forma precisa que o seu prefeito custa pouco mais de R$ 250 mil.

Agora lhe pergunto, investir cerca de R$ 250 mil em uma campanha para eleger um prefeito é um valor alto ou baixo? Já respondendo diria ser muito barato, pois depois de eleito você, como vereador, terá a força de exigir do prefeito o que bem entender. Cargos para os seus familiares será a primeira forma de retorno do investimento. Pense na hipótese de se ter dois filhos. Sabemos que não se pode empregar parentes por força de lei, mas pode-se solicitar a uma empresa que preste serviços para a sua prefeitura, esta mesma empresa ficará responsável pela contratação de seus filhos e parentes. Assim, no momento da licitação você já solicita que a empresa aumente o preço de seus serviços no valor desejado. Se você desejar que seu filho ou filha recebam algo em torno de R$ 5 mil cada um mensalmente, que para uma cidade com menos de 50 mil habitantes é mais que o suficiente, verá que em 4 anos irá recuperar cerca de R$ 480 mil frente aos R$ 250 mil investidos, ou seja, cerca de 192% do valor aplicado.



Qual aplicação, sem risco e sem trabalho, te devolve o valor investido com lucro de 92% em apenas 4 anos? Que aplicação rendeu cerca de 23% ao ano e com risco zero nos últimos anos? Acompanho o índice bovespa, o ouro, o dólar e os papéis de grandes companhias e garanto que nunca vi aplicação mais rentável. Só existe outra forma de retorno tão lucrativa como essa. Se chama agiotagem, mas alguém quer apostar em agiotagem? Não é melhor declarar que apoiou um candidato a cargo de prefeito ou vereador e ficar legalmente respaldado?

Então, queridos amigos, quando algum prefeito declarar em público ou na sua frente que não possui o "rabo preso" com ninguém, desconfie, pois ele está apenas praticando o exercício de repetir milhares de vezes uma mentira até que ela se torne uma verdade. Mesmo que seja somente para ele tentar ter a consciência tranquila. Mas não se enganem. Ele tem preço sim e é bem baratinho se formos analisar friamente.

Qual foi a diferença entre o primeiro e o segundo colocado a prefeito nas últimas eleições em sua cidade? Se foi algo em torno de 1.000 votos. Seu prefeito vale cerca de R$ 550 mil, mas a sua cidade vai pagar mais de R$ 1 milhão. Pense nisso ! Em 2016 aposte na ideia de investir em uma campanha política. O retorno é garantido e ninguém vai reclamar.